Dizem com alguma dose de orgulho e tribalismo que aqui não se faz cálculo algum. É mentira. Se faz aqui muito cálculo dos gestos, dos movimentos, das palavras e até dos sorrisos. Tudo medido, não para sempre agradar, mas sempre para causar uma impressão - até pelo desagrado. Aqui se gosta de mostrar que é mais feliz, que é mais inteligente, que é mais sabido.
Igual a qualquer lugar, na verdade.
Mas todo mundo se diverte, sim. Amigos novos que se diveretem. Se usam, se utilizam da solidão de cada outro para diversões sem fim. Igual a qualquer relação humana, na verdade. Mas existe, sim, existe algo a mais. Um afeto, um... Um calorzinho, um olhar pra alguém só por gostar, estar junto só por gostar, quando diversão é consequência e não propósito.
Disso eu sinto muita falta.
E eu gosto de ir ao cinema. Quando estou no cinema parece sempre que no final do filme eu vou pegar um ônibus pra Pituba e voltar pra casa.
sexta-feira, junho 02, 2006
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1 comentário:
depois de meio século estive em Pituba ao menos uma vez - então não é difícil entender...
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