quarta-feira, junho 02, 2004

Noite de ontem pra hoje, deitado na cama, olhos fechados, Rapid Eye Movement. Tróia há 3 mil anos e eu estou lá me preparando para enfrentar o exército dos mirmidões de Aquiles. Eles apavoram, nós tentamos nos distanciar para ter tempo de organizar o batalhão e distribuir o armamento antes que eles nos alcancem. Estou numa casa me armando e tenho um escudo de pano vermelho e branco. O tecido é suave e macio, quase uma seda, vejo que não me protegerá e que tenho que procurar outro.

Mas o inimigo bate na porta. Meus aliados seguram o máximo que podem, mas não conseguirão por muito tempo. São fortes, destemidos e valorosos guerreiros. Entraram. Luto eu contra Aquiles, o maior dos guerreiros, e consigo desferir-lhe um golpe fatal: minha espada atravessa a sua garganta. A expressão dele, porém, é de triunfo. Não compreendo o desprezo que ele mostra diante do próprio sangue. Não vejo ferimentos no meu corpo, só sinto uma pequena dor nas costas, mais nada. Meu corpo está intacto. Ele perdeu.

Não... Não encontrei o calcanhar de Aquiles antes do sonho acabar.

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