Durante o dia você até consegue se comportar como uma pessoa normal. Tomar café, conversar, emitir uma opinião inteligente e até fazer os outros rirem (e rir você mesmo, acredite, é possível). Mas sempre chega a hora em que as luzes se apagam e todos vão embora, aí você está sozinho no silêncio.
Ler não adianta. O texto vai passar diante dos seus olhos, você pode até pronunciar as palavras, mas o assunto na sua cabeça vai ser o mesmo. Sempre o mesmo, visto de todos os lados possíveis, todas as situações sendo continuadas das mais diversas maneiras, na sua cabeça, se você tivesse dito isso, aquilo, levantado a mão naquela hora, ou não tivesse coçado o queixo com tanto vigor. Tudo seria diferente.
Chega um ponto da noite em que você percebe que não vai dormir, mesmo, e que vai se torturar com estes pensamentos até o dia amanhecer. E é o que acontece. Pequenas esperanças surgem e às vezes você até consegue se alegrar com elas. Talvez, não importa que hora da madrugada, talvez o telefone toque.
Aí você se lembra de todas as pessoas pra quem disse não, e você nunca telefonou pra dizer nada. Então este não que você ouviu fica pesado e parece cada vez mais definitivo. Você sabe que precisa esquecer, mas não consegue, ou talvez não queira ainda. Só mais um pouco, só mais uma carreira de pensar neste assunto, de tentar agradar.
Aí o dia amanhece, mas quem não dorme direito também não fica acordado direito. Mas até que você consegue se comportar como uma pessoa normal.
É assim.
segunda-feira, agosto 27, 2007
quinta-feira, agosto 23, 2007
quarta-feira, agosto 15, 2007
sexta-feira, agosto 10, 2007
Ausência
Estou já há um tempo tentando arrumar na minha cabeça muitas coisas que me aconteceram. Ora parece que terminaram, ora parece que estou bem no meio, vivendo a mudança. E sempre parece que isso de estar em um instante está perdendo o sentido.
Não sei se vou conseguir arrumar, na minha cabeça.
Não sei se vou conseguir arrumar, na minha cabeça.
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