domingo, setembro 26, 2010

Civilizado

Agora eu escrevo tudo num caderninho azul e não mostro pra ninguém.

sexta-feira, junho 04, 2010

Seventeen years old

Não é uma boa noite para passear nos telhados, chove sobre minha cidade.

Estar aqui sempre parece decisivo, o reencontro com a origem traz ares para novos inicios. Tenho em minhas mãos e ao meu redor algumas evidências de quem tenho sido ao longo dos anos. Não mudei muito, apesar de agora estar tudo mais rebuscado, complexo, tudo em miúdos. Achei um recado de aniversário de uma amiga, dizia que eu era único. Será que ela se lembra?


Reconheço em mim hoje uma boa pessoa, tenho um certo orgulho de quem sou, mas carrego uma incerteza terrível a respeito de onde isso vai dar. Estou de novo, como estive na maior parte dos últimos anos, vazio de grandes vontades.


Isso é um tanto preocupante, porque em breve será necessário fazer movimentos bruscos, a continuidade não será possível.

segunda-feira, setembro 14, 2009

See that you can see very far

Cresce o meu desejo de isolamento, silêncio e breu, pulsão de eterno retorno.

quinta-feira, abril 23, 2009

Do your share

Sigo na querela do amor sobre o ódio, da bondade sobre a violência. O que procuro é um jeito decente de viver, mesmo no meio de tanta indecência. Um jeito de manter-me íntegro em meios corruptos, simplesmente porque é assim que durmo tranquilo à noite: tendo feito minha parte, tal qual o passarinho no incêndio da floresta.

Noto, com tristeza, que respondendo sempre de maneira positiva, mesmo às atrocidades, acabo por guardar em mim certa dose de violência. Tenho medo de acabar descontando, covardemente, em algum elo mais fraco. Gostaria de converter a violência em algum tipo de força realizadora. Me sinto longe disso e por muita vezes tenho vontade de distribuir por aí grosserias quaisquer.

Uma outra constatação cruel é que pessoas ao meu redor, cientes da minha disposição para a bondade, começam a se aproveitar mais do que deveriam. E muitas vezes atitudes nobres fazem-me sentir o otário da vez. Mas esta constatação é muito fácil de fazer.

Ouve-se bastante por aí: "só eu faço as coisas", "sempre sobra pra mim", "se não fosse eu..." e muitos similares. Este raciocínio, na maiora das vezes, é raso e infeliz. É muito fácil perceber o que você faz pelos outros, mas é necessário aprender a ver o quanto você usufrui das outras pessoas, o quanto elas fazem por você e quanto sua felicidade pode depender delas.

Não, eu não sou iluminado a este ponto, mas me esforço para não me pensar ultrajado quando estou simplesmente fazendo um gesto de amor.

sexta-feira, abril 10, 2009

Chique

Agora, agora mesmo, eu queria que estivesse bem frio, pra eu usar um cachecol, e falar alguma coisa inteligente, talvez sobre um filme.

sexta-feira, março 27, 2009

Untitled Track 4

Talvez pela primeira vez, consegui, no meio do mundo de hipóteses que me ocorrem pra explicar tudo que ela faz, acreditar na mais otimista...

E descansar, feliz, em seus braços.

domingo, março 15, 2009

Domingo

Pode andar mais devagar, que a glória não é chegar lá.