terça-feira, novembro 04, 2003

Desculpem-me aos moradores de BH, São Paulo e Brasília, mas eu me encontro agora bem de estado físico e espiritual, leve como o ar e livre como o vento porque o Mar tudo cura e nenhuma ferida do corpo ou da alma sai de lá aberta. O Mar é tão eficiente e tão certo disso que quando nem ele dá jeito, jeito mais não há e o oceano se encarrega de levar consigo o ferido. Mas estava fazendo sol forte e houve jeito para mim, voltei do longo mergulho de olhos abertos, corpo cheio de sal e sorriso no rosto. O Mar tudo cura.

Depois de um tempo à deriva no oceano, subi num pequeno bote. Continuo habitante do mar, mas agora remo sobre ele em direção à próxima ilha do meu mapa. Foi uma semana muito produtiva. Me animei com meus projetos, sentei na sala do capitão com mapas e réguas, estudei minha posição, tracei retas, curvas e o ponto de chegada. Cheguei. Fiz a minha parte e um pouco mais e isso é sempre muito gratificante. A mediocridade só nos impede de avançar, de crescer, de expandir.

A vida segue em ondas como as do mar. Ora estamos no topo, ora no fundo; ora sentindo o vento no rosto, ora lutando para subir à tona e respirar. Estabilidade, eu já disse, não existe. É uma mera ilusão, miragem. Agora estou na crista da onda, de pé na minha jangada olhando firme para frente... Até o próximo naufrágio.

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