terça-feira, setembro 16, 2003

Minha saúde está finalmente voltando ao normal, a tosse gradativamente está parando, se tornando esparsa. Uma vez ou outra aqui e ali só pra jogar fora o que sobrou da guerra do sistema imunológico contra esse vírus, bactéria, ou o que for. Meu corpo venceu com a ajuda de uns remédios e de vitamina C artificial. Eu e as pílulas contra a doença. E agora estou ficando de fato bom e voltando ao equilíbrio... Equilíbrio.

Nunca estamos em equilíbrio, vamos sempre nos livrando de um problema e entrando em outro. Minha saúde volta normal e agora tenho que correr atrás do tempo que perdi em repouso, tenho vários trabalhos escolares pendentes para fazer em 7 dias, tenho vários testes e provas que foram adiados por causa do movimento estudantil, todos para essa semana... Enfim, tenho uma semana cheia. Uma semana de atividade incomum depois de uma semana de inatividade incomum, ou seja, depois de uma semana atípica, outra semana atípica. Nunca será atingido o rítmo que consideramos normal. Esse rítmo normal não existe.

Eu digo, então, que meu corpo está voltando a seu funcionamento normal e volto às minhas atividades físicas normais. Esportes, andanças pela cidade, tardes inteiras no colégio fazendo trabalhos ou simplesmente estando lá com os amigos. Pode não parecer, mas isso gera problemas para nosso sistema imunológico e ele vai agir para se livrar do que quer que aconteça. Isso não chega a incomodar nossa consciência, mas que acontece, acontece. Não se chega a um estado de equilíbrio em que a vida segue em linha reta. A saúde vai bem, mas a escola agora exige um esforço maior, e nessa gangorra a vida vai mudando.

Depois de amanhã, minha vida sái novamente da tal da normalidade de uma forma radical. Minha mãe ganhou uma bolsa de estudos e vai fazer pós-doutorado na França. Fico aqui só com o homem que mora aqui. Ele tem uma união estável com minha mãe, fica aí vendo televisão ou trabalhando, não sei muito bem qual é a dele mas é um cara legal. Acreditem, temos um bom relacionamento. O fato é que estarei sem minha mãe por muito tempo e pela primeira vez, isso vai representar uma certa experiência e para chegar no equilíbrio dessa 'nova vida' pode demorar um pouco. Mas daqui à 8 mêses ela volta, e aí onde está o equilíbrio?

A normalidade não existe, é só uma miragem de conforto que tentamos alcançar. A vida é feita dos problemas que temos que resolver, nada fica perfeito de primeira. Ainda bem que há os domingos e, quando não tem nenhum trabalho para apresentar na segunda-feira, podemos descansar, ver o sol, o mar, tomar água de côco e simplesmente relaxar, para mostrar que vale a pena resolver os problemas no final das contas.

Sem comentários: