segunda-feira, agosto 25, 2003

Em ocasiões sociais, seja ela uma conversa a 3 ou uma grande festa, costumo me perguntar se a minha inexistência ou ausência fariam alguma diferença no rumo das coisas. Normalmente a respota é "não" e não é muito animador se sentir inútil diante dos fatos, mas na sexta-feira eu fui não só útil como indispensável e minha atitude pode ter sido importante para a educação de umas 300 pessoas hoje e de até mais no futuro.

Eu adoro o colégio onde eu estudo. Um ambiente excelente, estudo lá desde a alfabetização e nunca considerei ir pra outra escola. Gosto de lá, gosto dos professores, dos alunos e até das árvores. Não é uma escola de playboys, mauricinhos ou patricinhas, sem querer generalizar. Também não tem toda aquela paranóia de vestibular, sempre se preocupou em formar o caráter do aluno em primeiro lugar. Mas tudo isso estava mudando e o colégio estava perdendo muito em qualidade se tornando uma escola comercial.

Eu via as queixas de vários colegas, tinha as minhas também, e muitos diziam que com certeza sairiam da escola no ano que vem. Do jeito que estava, eu também queria sair, mas como adoro aquele lugar, resolvi tomar uma atitude. Escrevi uma espécie de manifesto e cutuquei o grêmio para convocar os líderes de cada sala e fazer uma reunião com a direção pedagógica da escola. Consegui o que queria e foi na última sexta-feira durante a tarde.

Senti realmente a preocupação da direção com os fatos que eu, juntamente com as lideranças, estava expondo e uma vontade sincera de mudar com a cooperação de todos e todos gostam muito de lá, não querem ver o colégio cair de nível. Se fomos enganados, fomos muito bem enganados. Assim eu consegui uma grande vitória. Entrei em atividade, interferi nos fatos e com a melhoria do colégio posso ter ajudado muita gente. Sem minha atitude nada teria acontecdo.

Ainda de quebra, o manifesto me rendeu fama de bom escritor e um jornalzinho estudantil feito por uma associação de grêmios da cidade me pediu para escrever um artigo sobre a atuação deles mesmos, os grêmios estudantis. Fiquei muito feliz com o convite e o artigo já está escrito. Será que começou minha carreira de jornalista?

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