sábado, dezembro 27, 2003

Paro de fazer desse blog meu diario de viagem so por hoje por um motivo simples. O ano esta para acabar. E mesmo que os meus olhos so separem dias das noites, o ano tem o seu significado. Para mim, um estudante, um ano significa principalmente a conclusao de uma etapa. A segunda serie do ensino medio. Passei por ela, nao voltara mais. Ano que vem sera diferente. Um ano cheio de pressoes de todos os lados. E diz a Fisica, se a pressao interna nao for igual a externa, as coisas mudam. Eu posso ficar surdo... Mudo... Mudo...

Ha quanto tempo nao toco violao? 15 dias. So. Parece uma eternidade. Todos me disseram que eu nao deveria trazer, que seria um peso a carregar... Mas eu sinto tanta falta. Me perdoem, humanos, mas o que mais me faz falta é ele. E esse ano ele viu de cima. Viu do palco. Luzes, holofotes coloridos, foto publicada no site do evento ( http://www.amaquinadosom.com.br/banda0612a.htm )... Meu violao e eu... E a banda Chevete Verde que teve sua formacao alterada, ganhou corpo, cozinha... Acabou, ressurgiu e fez um grande show no aniversario de 76 anos do colégio dois de julho. E eu aceitei parabéns de gente que eu nao gostava...

E uma moça muito me chamava a atençao andou para o lado, nao para baixo, passando de amor platonico para amizade correspondida e trocamos telefonemas a respeito de uma outra moça cuja atencao eu chamei. (Adoro frases longas sem virgulas)... E eu esse ano nao me apaixonei. Nao chorei nem sorri de amor. Nem escrevi poesias de amor... Soh de solidao. De falta de amor. De nao amar ninguém nem ser feliz ou triste com quase nada... Eu disse quase.

Desse ano ficarao boas lembrancas de boas noites, bons beijos e boas conversas... Eu ficava sentado no chao na frente da sala e todos passavam por mim me desejando bom dia... Ate a aula comecar... As vezes algumas pessoas sentavam-se ao meu lado... Esse ano eu fiz novos amigos. Deve ser normal pra voces fazer novos amigos todos os anos. Pra mim nao. Esse ano eu fiz novos amigos que serao velhos amigos. Entraram mais pessoas do que nunca no seleto grupo das amizades reais.

Nao sei se fui vitorioso ou perdedor, desconheco meu oponente, meu tabuleiro, meu jogo, minha trave, a outra trave... A bola. So sei que mais muitos dias passaram e o Poeta Morto continua mandando suas mensagens de teclados baianos, brasilienses, londrinos ou parisienses. E me perdoem os acentos, porque esse teclado de Paris eh horrivel.

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