quinta-feira, novembro 11, 2004

Está acabando o ensino médio para mim. Eu olho ao meu redor, vejo muitas pessoas com quem me acostumei a conviver, que fizeram parte de minha vida, que me fizeram rir e me aborrecer. Tenho consciência de que muitos deles não verei nunca mais, nunca mais vou ouvir a voz, o riso, os passos... Esta constatação me deixa muito aliviado, para ser sincero. Algumas pessoas ficam simplesmente no meu passado, eu admito: escondo gente embaixo do tapete.

De algumas, bem poucas, pessoas eu gosto de verdade e gostaria de manter meus laços, vou me esforçar para isso porque elas me proporcionam bons momentos, mas se eu não conseguir, será que vou sentir saudades? Acho que não. Isso me dá medo. Já passei muito tempo longe de pessoas queridas sem sentir saudades. No ano passado, um de meus mais velhos amigos foi para o Sul do País, de onde só retornou no inico deste ano. Me emocionei na despedida, mas depois que ele foi, saudade não houve.

Não sei o que acontece.

Mas às vezes, de repente, me dá vontade de falar com meu pai e aí, só para trazê-lo mais para perto, cantarolo uma das músicas que ele gosta de tocar no violão...

Tenho a impressão de que vou viver só por algum tempo, não é muito fácil que eu me ligue a seres humanos. Da maioria eu quero é distância.

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