terça-feira, junho 29, 2004

Tarde... Cães sem dono, mais livres. pobres e famintos que eu nas ruas. Escuro, mas há os postes, uma longa ladeira que eu tenho que descer. Vem alguém subindo e tenho tanto medo dele quanto ele de mim, mas somos, os dois, pessoas honestas: seguimos nosso rumo em paz e até nos cumprimentamos quando atingimos o mesmo ponto da ladeira, eu descendo e ele subindo. Eu ainda tinha que atravessar o esgoto para chegar em casa.

A noite é interessante só por ser escura, ainda mais quando encontramos certos tipos exóticos. Eu ainda quero pão, sim. Certos tipos exóticos dividindo conosco uma mesa de bar e querendo mais cerveja. Mais garrafas e tulipas cheias (não por muito tempo). Gente nova por aí discutindo o dinheiro e a filosofia num dos botecos liberais: cerveja para menores, gays, lésbicas, simpatizantes, eu e uns amigos que não temos nada a ver com nada disso nem contra nada disso. Umas amigas que tem tudo a ver com tudo isso e tudo mais.

Sensacional.... A noite cresce, mas eu já cheguei em casa, seguro, depois de atravessar o esgoto e conseguir passar limpo.

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