terça-feira, junho 08, 2004

O mundo tem muita pressa. Relógios, hora marcada, data, compromisso. Chove de manhã e na avenida se faz um grande engarrafamento. Um minuto para a gota cair do céu até o guarda-chuva, o capô do carro parado já há uma hora. Que perda de tempo, atraso de vida, não se aguenta mais esperar.

Que tempo é esse do engarrafamento em que não se vive? Que gente é essa que morre atropelada por carros parados? A espera, a música do rádio e da queda da chuva, o céu, os passarinhos se protegendo e as pessoas passando apressadas: Tudo faz parte. E o tempo... Esse é muito complicado. horas e minutos, frações menores. Ponteiros, setas, vá por ali.

Eu queria não marcar o tempo. Só dias e noites, quando dá sono, quando dá fome, quando dá vontade... Na minha casa da montanha, eu vou conseguir.

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