sexta-feira, junho 18, 2004

Cheguei e vi que estava só. Um belo lugar, o sol, como eu disse, estava lá exposto, nada de tempo ruim, como eu havia dito três dias atrás... e eu só. Vaguei pelas ruelas de pedra, pensei em sentar num dos bancos de madeira, mas não estavam convidativos. Outros grupos, bem longe de mim, falavam alto, experimentavam novas dosagens químicas de certas substâncias... tinham um mau-gosto musical. Eu com meu violão nas costas, não nos braços.

Por um segundo, pensei em desistir daquela história. Já estava demorando. Me bateu a sensação ruim de ter que abandonar o desafio da trilha e voltar para a mata fechada, tendo que caçar larvas. Para a selva do cotidiano, da falta de toque, de charme, de conquista... Para os braços levianos dos anônimos da festa, os olhos que não olham nos olhos enquanto falam, quanto menos enquanto cantam. O desespero de não estar vivendo história alguma.

Mas não foi preciso... Ela chegou.

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