quinta-feira, abril 15, 2004

Já voltei de viagem desde segunda-feira, mas ando um pouco automático esses dias, ruim para escrever. Tenho estado quase sempre em silêncio, ouvindo pouca música, sozinho, fechado no meu quarto com as companhias da internet, cochichando. Ando fazendo decisões para os próximos dez anos e destruindo-as no dia seguinte. As únicas coisas que permanecem são as dúvidas... O que eu vou ser quando crescer... O que eu vou fazer de bom amanhã...

Quando eu era mais novo, estava sempre na casa da minha vó paterna. Por lá passava todos os dias e no mesmo horário um vendedor de picolé da Kibon Sorvane muito simpático, eu conversava com ele e achava o máximo ele conhecer todos os tipos de picolés. Às vezes eu queria Chicabom, outras Frutare Limão e outras Frutare Cajá. Encontrei-o algumas vezes na práia da Barra também. E eu queria ser vendedor de picolé quando crescesse. Ninguém me levou a sério e esse meu sonho foi destruído pelo capitalismo.

Agora meus sonhos se passam durante as noites em que consigo dormir bem. Quando estou acordado, só tenho dúvidas em relação ao futuro. Tenho dito isso até demais.

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