sexta-feira, março 12, 2004

Estou andando muito devagar. Eu sinto falta de duas meninas que faziam parte do meu dia-a-dia e agora sumiram. Fazem uma diferença significativa na quantidade de sorrisos verdadeiros diários porque eu adoro meninas lindas que sabem viver e que vivem livres. Não admiro a beleza delas como animal macho procurando um bom gen para passar para os descendentes, admiro a beleza, tanto de vida como estética, como um artista, como um poeta.

A primeira era de um humor muito abalável, mas na maior parte do tempo era, ainda deve ser, mas agora longe de mim, deuma alegria incomparável. Era toda de pulos, gargalhadas, abraços e danças. Apesar de termos várias diferenças de conceitos e modo de pensar, não podia deixar de admirá-la. E é linda.

A segunda... A segunda na verdade é a primeira em importância. O que senti por ela já me fez chorar no travesseiro, mas normalmente, em todo o resto do tempo, só me fazia sorrir, apesar da não correspondência do sentimento. Depois a paixão passou e nos tornamos muito amigos. Agora questiono se essa amizade era tão forte assim, já que, aparentemente, não resistiu. Me entristece e ainda me lembro dela todos os dias.

Foi com ela que tive coragem de tocar e cantar para um público numa apresentação. Foi ela que me ensinou que eu já sabia cantar e não precisava abaixar o tom do violão e nessa primeira apresentação eu tremi muito. Eu tremia quando falava em público e podia ser aprovado ou reprovado, não gaguejava, não errava os acordes, mas tremia. É chato. Depois disso minhas investidas musicais foram mais longe e eu tinha parado de tremer quase totalmente.

Hoje aconteceu uma apresentação semelhante e tremi como se estivesse nú no inverno da França. Sinto falta dela.

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