sexta-feira, janeiro 11, 2008

Café

Ar-condicionado ligado, vinte páginas de um livro, mais café, músicas só dedilhando no violão, mais uma caneca cheia, tocando e também cantando. Desligar ar-condicionado, abrir a janela e sentir o ar se misturar, primeiro com o vento batendo no rosto e os pés ainda muito frios, depois o resto, devagar, as crianças brincando lá embaixo e o terreno pronto pra começar a construção, talvez amanhã. Ver àrvores balançando e sentir certa vertigem, abrir bem os olhos, olhar para um ponto fixo e esquecer deste ponto, sentir vertigem aumentar muito.

Tudo é meio estranho, a própria casa.
Secretamente, vou tomar mais um pouco.
Ninguém sabe.

6 comentários:

Anónimo disse...

Nunca comentei no seu blog, mas o leio há tempos... leio porque é bom, e não comento porque muitas vezes não sei como tornar meus sentimentos uma extensão dos seus; mas os sinto.
Parabéns pelos seus textos!!!!!

tarciso disse...

literatura com café, ares misturados, vertigens e olhos abertos... tudo pode se tornar estimulante, secreto e mais um pouco, assim como o café...

J Santana disse...

é... quero dizer que é muito bom o que você escreve, mas não sei escrever isso de um jeito muito bom...

Anónimo disse...

hmmm..

Anónimo disse...

"Solidão de manhã,
Poeira tomando assento
Rajada de vento,
Som de assombração, coração
Sangrando toda palavra sã"

Tainã Alcântara disse...

muito bom!
muito bom mesmo!